sexta-feira, 30 de julho de 2010

Novo/velho, ou como dar vida a um canto sem graça

Á uns dias encontrei um móvel no lixo. Isto já não é novidade, muitos já conhecem a minha tara de recuperar móveis e cadeiras velhas.
Um móvel velho cá em casa faz as delicias de uns...
Sherlock Holmes e o seu fiel companheiro Watson em plena actividade!
Bem, pus mãos á obra e depois de muito escolher a cor lá fomos comprar as tintas...
Ontem passei a tarde a limpá-lo e a pintar e no fim do dia estava tal como eu tinha pensado!
O meu cantinho da sala ficou com outra cara, muito alegre e divertido! Além disso é muito útil para guardar as minhas coisas, bem longe dos dois inspectores/desarrumadores...

Etiquetas:

segunda-feira, 26 de julho de 2010

2ª aula

do curso de fotografia. Ao fim e ao cabo foi a primeira porque na semana passada acabámos por não fazer nada já que não havia luz suficiente no laboratório. Então desta vez fizémos finalmente a nossa própria máquina fotográfica estenopeica (pinhole) e devo dizer que a experiência foi um sucesso!!!
Adorei mesmo! E a minha primeira foto em pinhole ficou visivel e relativamente bem exposta... nada mal!
Fiquei muito feliz e venho mostrar o resultado.
Portanto a primeira foto é a original, o resultado da revelação da pinhole que fica em negativo.

A segunda foto será o resultado final quando eu a passar para positivo no laboratório. Como eu sou apressada e estava ansiosa para ver o resultado final fiz o seguinte: abri a foto no photoshop e cliquei no modo "invert" que simplesmente inverte as cores. O preto passa para branco e o branco passa para preto.
Ou seja: a foto na minha mão ficou em positivo (e a minha ficou em negativo, claro).
Na foto vê-se o "animal de estimação" da Jé, uma girafa pequenina conhecida por "girafinha". Coloquei a máquina ao mesmo nível do boneco a 20 ou 30 cm de distância. A exposição foi de dois ou três segundos (o cálculo foi mental...) pensei mais ou menos no tempo que deveria ser necessário, descolei a fita preta que tapa o buraco, e voltei a colar, tapando-o e terminando a exposição. Ao fundo vê-se uma parede, algumas árvores e um muro. Aquele ponto muito branco era uma mancha provocada pelo sol no muro do fundo... não reparei nisso até a ver na foto (oops!) Bastava ter movido a girafinha uns centímetros para a frente para evitar essa mancha.
A minha maior surpresa foi ver que as fotos dos meus colegas ficaram quase todas brancas, pretas ou com uma mancha imperceptível... tive muita sorte.
Depois mostro a caixa (máquina) que fiz e vou tentar explicar melhor como se processa para fazer isto, ok?
Para a semana vamos fazer mais pinhole (yay!) e fotogramas. E tenho já uns materiais muito fixes para fazer composição dos meus fotogramas, só desejo que o resultado da próxima aula seja tão bom como este :)) .

Etiquetas: , ,

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Analógico vs. digital

No passado sábado começei um curso de fotografia analógica.

Vamos fazer fotogramas, revelação, e finalmente vou fazer pinhole!

Adoro digital mas também gosto muito de analógico. Não sou contra nem um nem outro método porque o que eu gosto mesmo é do resultado final. Por isso gosto de fotos em digital, em filme ou Polaroids!
Não sou fã incondicional de todo o processamento embora também goste de o fazer. Normalmente trabalho com digital em modo manual porque gosto de ser eu a fazer tudo, mas já fiz captações em automático porque há situações em que sei que naquele modo o resultado será melhor.

Mas não posso de todo dizer que só em analógico se faz fotografia de verdade e que toda a criatividade está no analógico. Nem acho que faz sentido fazer manipulação em laboratório e ser contra a manipulação digital! Acho que com o digital podemos perder tempo noutras coisas, dar largas á imaginação quando fazemos a captação e perder aí mais tempo. ou trabalhar mais na edição de modo a melhorar uma foto. Ou gastar mais dinheiro numa viagem para fazer umas fotos ao invés de gastar um valor absurdo em quimicos e papéis. Agora a questão podia ser que "qualquer um pode fazer uma boa foto". Pois pode. Mas é como aquele quadro pintado apenas com uma cor e uma linha no meio. Qualquer um podia ter feito. Mas não fez. Foi aquele artista que teve a ideia e concretizou.

Agora é tudo uma questão de bom senso, não copiar os trabalhos dos outros artistas e ser moderado na edição são os meus lemas. Sou contra o plágio embora pense que nos dias de hoje alguém pode estar a plagiar sem saber, porque há tanta oferta, tantos artistas, tantas ideias que ás tantas há-de aparecer um ou outro trabalho semelhante ao de alguém. Edição para mim é melhorar uma foto sem exagerar. E isso é algo que cada um deve procurar na sua evolução enquanto artista, é uma coisa que se vai desenvolvendo em nós quando começamos a aperfeiçoar o nosso trabalho.

Eu pergunto-me uma coisa: quando alguém que afirma gostar apenas de analógico vê uma exposição em digital, se não souber que é digital só terá uma opinião depois de analisar o trabalho e perceber se é digital ou analógico? Será isto possível?
Quando alguém olha para uma coisa ela transmite-lhe algo e quase automáticamente ela gosta ou não. Para mim "uma imagem vale mais que mil palavras", há quem pense que só vale se for analógica.

Será isso gostar de fotografia?

Não terá valor o trabalho de fotógrafos que passam semanas longe de casa, que têm de pedir autorizações para chegar a locais ermos, que têm de organizar-se minuciosamente de forma a ter tudo o que se precisa no local,que passa horas a seleccionar imagens, a editá-las, que gasta um dinheirão em equipamento para nos mostrar o mundo lá fora em guerras, ou no fundo do mar? Não terá valor o esforço de alguém que mesmo com pouco equipamento estuda e se esforça por melhorar o seu trabalho todos os dias?
Não terá esta minha foto valor algum só porque a fiz em digital, em menos de 5 minutos e a editei no camera raw? Para mim tem, tem significado, é bonita e transmite-me algo de bom. E para mim é o suficiente.

Etiquetas: ,

quinta-feira, 15 de julho de 2010

bem lá no fundo / deep inside

Bem lá no fundo do coração de todas as mães há um monstro. Um grande monstro feito de medos e preocupações. As piscinas e praias podem ser muito divertidas (como foram para nós duas nesta sessão) mas podem ser verdadeiramente perigosas. Têm o poder de num minuto levar de nós aquilo que temos de mais precioso. Não tirem os olhos deles nem um segundo. Pois esse segundo pode ser o último.

*Ela pratica natação e sente-se muito á vontade com a água. O meu monstro deve sentir-se faminto pois eu fico mais segura. Ainda assim não tiro os olhos dela.
Quero com esta foto combater esse meu monstro e também alertar outros pais, irmãos e principalmente AVÓS, (porque quase sempre são eles que passam mais tempo com as crianças) para este perigo que ganha forma todos os verões.

Todo o cuidado é pouco.

---------------------------------------------------

Deep inside the heart of every mother there is a monster. A big monster made of fears and concerns. The pools and beaches can be very fun (like this one was to both of us in this session) but can be truly dangerous. They have the power to take away what we have more precious in a minute. Do not take off your eyes of them, even for a second. This second may be the last one.

* She swims and feels very comfortably with water. My monster should feel hungry because I feel less woried. Still not take my eyes off her.
I want to fight my monster with this photo, and also make aware other parents, brothers and especially GRANDPARENTS (because frequently they spend more time with the kids) to this danger that takes form every summer.

Every care is low.

Etiquetas: ,

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Meus amigos, pensem um pouco mais na vida

Corta-me o coração e mais que isso irrita-me profundamente ver a falta de sensibilidade que muita (a grande maioria) das pessoas tem para com os problemas dos outros.
Não estou a falar de problemas emocionais ou financeiros, estou a falar de problemas fisicos.
Problemas de falta de visão ou de locomoção.
Não vou muitas vezes aos correios, mas quase todas as vezes que lá vou vejo problemas com dificuldades em abrir a porta, ou porque são idosos, ou porque têm alguma deficiência física.
Pois há sempre pessoas á espera, de braços cruzados sem fazer nada que podiam ajudar estas pessoas, sendo que salta á vista o problema de cada um, e ninguém ajuda ninguém, ou pelo menos ninguém ajuda até a pessoa assumir que não consegue sozinha e pedir ajuda. Com que necessidade?
Custa alguma coisa abrir a porta a uma velhota sem que ela peça? Aliás, se ela está do lado de fora, como pode pedir?
Á dois dias deparei-me com uma senhora que apesar de anã e de se deslocar em cadeira de rodas, tenta fazer a sua vida normalmente (com muito mais esforço que qualquer um de nós, claro), estudando, trabalhando, e alertando para os problemas com que se depara no dia-a-dia sempre que pode.
A senhora foi enviar uma encomenda, até aqui tudo bem. Quando entrei ela já lá estava, nem sei como entrou. É que a porta apesar de ter rampa com um bom tamanho, é muito pesada e está sempre fechada, torna-se dificil subir uma rampa e empurrar aquela porta ao mesmo tempo. Ao sair é descer a rampa e puxar a porta ao mesmo tempo: mais dificil ainda.
Antes que ela passasse pelo embaraço de a tentar abrir e deixar cair as coisas e fazer-se ali um grande aparato, fiz como faço sempre que vejo situações destas: desloquei-me para perto dela quando vi que ela se ía embora perguntei-lhe se precisava de ajuda com a porta e abri-a antes de ela pedir.
Não seria necessário fazer-se nenhuma alteração a este sistema da porta se toda a gente fizesse este gesto tão simples que não nos custa nada e para eles é muito.

O senhor Martinho é cego e passa todos os dias na rua em frente ao meu local de trabalho.
Todos os dias o vejo sair de casa e vir passar um bocadinho de tempo á sede do partido.
Muitas vezes há obstáculos e é rara a pessoa que o ajuda, ficam a olhar, e ninguém faz nada. Hoje estacionaram um carro mesmo no sítio onde ele passa. Através da montra vejo-o aproximar-se. Antes de ele lá chegar, levantei-me, atravessei a estrada e pegando-lhe no braço avisei-o do que se passava, que estava ali um carro e ajudei-o a atravessar.
Antes de eu chegar perto dele passaram várias pessoas que ao vê-lo se desviaram dele.
Pois não basta sair-lhe do caminho. É preciso AJUDAR!
O que nos custa a nós que temos os nossos olhos sãos ajudar a ver quem não os tem? É muito difícil para mim ver estas coisas acontecerem quase todos os dias, ver a frieza com que se lida com os problemas dos outros.
Os problemas dos outros podem ser os nossos um dia.
Meus amigos, pensem nisto e pensem que um dia podemos ser nós a precisar de ajuda.
Nós que agora temos tudo, um dia podemos não ter nada.
E caso isso aconteça vai ser muito importante para nós ter a ajuda dos outros.
Se todos fossemos civilizados não seria necessário ninguém pedir ajuda porque antes de a pedir já estaria lá alguém para ajudar. Temos muito que crescer interiormente e evoluir.

Á Jé digo sempre: "Não faças aos outros aquilo que não gostas que te façam a ti."
Pois a esta frase deveria acrecentar-se "E faz aos outros o que gostarias que te fizessem a ti".

Etiquetas:

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Filtro de densidade neutra em gradiente

Qual a importância de ter um filtro de densidade neutra em gradiente?
Um filtro de densidade neutra é um filtro que escurece a imagem, uma filtro de densidade neutra em gradiente é um filtro que escurece apenas uma parte da imagem, visto que se apresenta em gradiente, e não completamente.
Por vezes é importante escurecer uma imagem. Por exemplo, para fazer fotos de cursos de água com arrastamento, é preciso em primeiro lugar fazer uma longa exposição para nesse espaço de tempo obter o arrastamento; fechar a objectiva ao máximo (número maior) para escurecer a imagem e ser possivel usar a longa exposição, obter mais detalhes e uma imagem correctamente focada em todo o lado e reduzir o valor de ISO para obter uma imagem mais limpa (e mais escura). Se estiver muita luz este conjunto de configurações não chega pois a imagem ficará sobrexposta ou com pouco arrastamento. Usando um filtro de densidade neutra será possível obter esta imagem, usado o tempo de exposição desejado sem queimar a foto. Esta é a principal utilização de um filtro de densidade neutra (sem ser em gradiente).
No caso do filtro em gradiente é muito bom trazer um na bolsa quando se fotografa o céu.
Muitas vezes as SLRs têm dificuldade em expor correctamente o céu e a terra na mesma composição.
Já fiz muitas fotos com o céu correctamente exposto e a terra subexposta (safam-se apenas as fotos em que se deseja obter uma silhueta), ou a terra bem exposta e o céu queimado. Sem o filtro só é possivel fazer boas fotos combinando exposições no photoshop (ou outro programa de edição).
Com o filtro o céu fica mais escuro sendo possível expor correctamente toda a cena.
As fotos abaixo mostram o que digo, ambas as fotos são SOOC (straight out of camera-saídas directamente da máquina), sem qualquer tipo de edição além do redimensionamento, a abertura é a mesma e a exposição também. A da esquerda sem filtro e á direita com filtro. A esquerda com os brancos completamente queimados e o céu pouco saturado. A diteita um pouco escura, mas serve apenas para ilustrar a diferença dramática entre "com e sem", neste caso fotografei com 1/2500seg., e bastava passar para 1/2000seg. para a imagem ficar 100%.

O resultado salta á vista e mal posso esperar para fazer uma daquelas fotos dramáticas de paisagem!

Com o tripé ainda não deu bem para testar mas ontem estive com a Jé a fazer auto-retratos. Como já tinha comprado o comando á distância, é só compôr a imagem e disparar. No modo portrait (retrato) a máquina procura automáticamente o rosto e foca, com a ajuda dela já posso fazer fotos nossas num instante :)
No outro dia começei a ensinar-lhe a fazer retratos, e a dar-lhe umas noções sobre composição e ela ficou toda feliz por estar a aprender a fotografar! Para mim também é bom porque começo a ter mais fotos minhas :))
Atenção pais: para quem se interessa, esta é uma boa forma de entreter os filhos nas férias ;)

Etiquetas: ,

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Adoro

receber encomendas. Quando compro alguma coisa online não descanso enquanto a encomenda não chega.
É por isso que gosto cada vez mais da Niobo. Além de terem bom material ao mais baixo preço, entregam tudo muito rápido, são super profissionais. Encomendei na terça-feira e paguei na quarta. No mesmo dia a encomenda foi enviada e hoje já a recebi! Que maravilha!
Só coisas boas: um tripé Manfrotto com cabeça joystick que permite fotografar muito rápidamente sem perder imenso tempo a rodar parafusos até obter a posição desejada. Basta rodar e apertar o botão que a posição "congela". Além disso a altura máxima são 151cm, é mais que suficiente para as minhas fotos e é muito leve, ideal para levar para todo o lado. E ainda: as pernas têm 3 posições que permitem fotografar de muito baixo, servindo também de tripé de mesa. E ao contrário de algumas lojas não custou 80€ nem 90€, custou 59.90€. Comprei também uma caneta de limpeza que tem tipo uma borrachinha na ponta que agarra as pequenas poeiras que se vão acumulando. Um filtro de densidade neutra em gradiente, muito útil para fotos de paisagem em que o céu fica normalmente sobrexposto. Tal como o filtro polarizador, este filtro possui um anel para que depois de o fixar á objectiva o possamos rodar até ficar na devida posição.
Uma das melhores compras foi também o cartão de memória SanDisk Extreme III, 4 Gb com 30mb de armazenamento por segundo. Não é o melhor dos melhores mas arruma todos os meus outros fracotes cartões a um canto. É muito chato estar a fotografar e perder aquele momento especial porque a máquina não dispara pois está ainda a armazenar as utimas fotos. Já perdi muitos bons momentos assim, infelizmente.
No más, espero eu :)
Bem, quando estas encomendas chegam é como diz o J.: pareço uma criança com um brinquedo novo.
E como sabe bem ter brinquedos novos! :))

Etiquetas: ,