terça-feira, 31 de maio de 2011

Finalmente comprei outro disparador remoto para a minha máquina. Não faço auto-retratos desde que perdi o anterior, no campo, em Março... quase 3 meses depois... chega a casa um novinho em folha.
Ando um pouco desmotivada e cansada, talvez ele me ajude a recuperar o ânimo.

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segunda-feira, 30 de maio de 2011

José e Pilar

Na sexta-feira fui ao cinema, estava desejosa da oportunidade de ver finalmente José e Pilar. Nunca li nada que ele tenha escrito (mas agora já tenho um bom motivo para ler A viagem do elefante) , mas quis o destino que a minha casa pertencesse a uma rua com o seu nome. Como acontece em todas as vezes que vou ao cinema, fartei-me de chorar. Já sabia mais ou menos como o filme era, que aliás nem é filme, é documentário, mas mesmo assim não pude conter as lágrimas ao ver como foram os seus últimos anos e a despedida do amor da sua vida.
Comove-me toda a beleza das cenas em slow motion, com o vento forte a bater-lhes nas roupas e a revolver-lhes os cabelos, a música... Toda a singeleza de pensamentos e palavras sinceras, o carinho e a dedicação da sua Pilar, o seu pilar, como ele mesmo disse. A beleza do dia-a-dia e de certos gestos de amizade (essa palavra quase esquecida no coração das pessoas...).
Trás à tona uma pequena porção de pensamentos que por vezes não queremos ter, aos quais não nos queremos dedicar. A morte e o seu significado para cada um. O objetivo da vida, aquilo que nos move e o fato de muitas vezes desejarmos fazer algo que deixamos para segundo plano, porque há valores maiores à frente.
Duas horas para pensarmos na nossa vida também.

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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Como preparar uma exposição em 2 dias

e vender gás ao mesmo tempo.
Sim. É possivel.

1º - Tentar manter a calma e parar de dizer palavrões.
2º - Pedir por favor ao laboratório para me enviar as impressões no próprio dia da encomenda.
3º - Passar uma manhã inteira a tratar as imagens: ultimos ajustes, exportação, redimensionamento. Uma hora para fazer upload de 10 fotografias. Nervos em franja até entrar em colapso.
4º - Entretanto atendo clientes e chamadas telefónicas, faço faturas e vendas a dinheiro e tento não mandar o terminal de multibanco à parede por se recusar novamente a funcionar em condições.
5º - Á tarde o laboratório recebe a encomenda e pagamento, faz a impressão e envia no mesmo dia.
6º - Rezar para que as impressões cheguem realmente no dia seguinte e com boa qualidade de impressão (Preto e branco tudo bem. Cores... pois. Só mesmo no monitor. Vermelhos então, nem vê-los. Tenho o monitor calibrado, mas não me entendo com a impressão. Uso ProPhoto como espaço de cor e 16bit, mas já tentei com outros e mantem-se o problema.)
7º - Parar novamente de dizer palavrões e respirar fundo.
8º - No dia seguinte ás 10h recebo as impressões.
9º - Tento descobrir onde arranjar k-line no neste fim-do-mundo.
10º - À hora de almoço, visita ao local da exposição.
11º - À tarde recebo o k-line (já cortado e tudo, UAU!) e faço a colagem das fotos. Está quase!
12º - Organizo as fotos por disposição e embalo-as para enviar para o local.

Yaaayyyyyyy!!!! Consegui!!!
Não foi nada fácil e ó como eu odeio trabalhar sob pressão!
Mas adorei ver as fotos impressas e aos poucos vou conseguido expor aqui e ali.
Não é em nenhuma galeria de arte em Paris ou Inglaterra, mas vou subindo degraus. :)

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terça-feira, 17 de maio de 2011

Stop motion


  Ontem fiquei a ver as nuvens a passar. Este video fiz a partir da uma série de não-sei-quantas fotografias, tantas quantas o meu dedo permitiu naquele momento. Depois disto quis fazer mais mas o céu não permitiu, ficou envergonhado e choveu, choveu. O video não tem som porque não foi editado, foi feito na máquina fotográfica com o software (incluido) que permite fazer um "filme de animação". Tive saudades do meu disparador remoto, ter-me-ia facilitado muito o trabalho, não tivesse ele ficado no meio do campo quando fui fazer aquelas fotos. Já lá fui tantas vezes com esperança de o encontrar, mas acho que foi engolido por uma planta carnívora. Ou talvez quisesse mudar de vida, quem sabe?

Descobri que a minha 50mm é uma maravilha para fotografar o céu. Bem que eu gostava de uma olho-de-peixe para fotografar os céus, mas neste caso nem a 35mm fazia melhor. Da minha varanda há pouco céu azul entre o prédio da frente, o do meu lado e as horriveis luzes laranja da cidade. Não podia ter ficado melhor. :)

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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Há dias assim

Dias em que tudo parece estranho. Em que nos olhamos ao espelho e não parecemos nós. Ou que nada nos corre a jeito. Em que não queremos ouvir, mas ao mesmo tempo pensamos em como seria bom ouvir. Em que temos fome mas a comida não nos cai bem. Em que pensamos nas pessoas que gostamos mas não queremos estar com elas.
Porque nos sentimos desajeitados, desajustados, fora de contexto. Porque nalguns dias não conseguimos disfarçar.
Eu já fui despreocupada, popular, tive muitos amigos e amigas, namorados e liberdade até dizer chega.
Depois responsabilidades e todas as coisas que a idade adulta trazem consigo.
Até que um dia um menino me perguntou: " -O que é que tu estás a fazer aqui?
Eu pensei... aqui onde? No emprego? Nesta cidade? Neste planeta? Ou simplesmente dentro deste corpo? Nesta vida?
Ás vezes esforço-me para não ouvir o eco daquela vozinha pequenina que um dia me fez uma das perguntas mais importantes de sempre.
Escrevo isto hoje e pergunto-me: -Quem irá ler? Devo eu escrever isto?
Ás vezes não se trata de uma questão de direito, mas de dever. Há coisas que devem ser extraidas.
Porque embora tudo na vida de cada um se trate do "eu", nada deve interferir na vida do "outro".
Recordo-me de uma tal professora que desculpava a sua incompetência com uma depressão.
A questão é que todos têm os seus problemas, os nossos não serão decerto mais importantes que os dos outros porque para cada um o seu problema é sempre o maior e o mais importante. Cabe a cada um tomar conta do seu, para que não afete ninguém além de si próprio.

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sexta-feira, 13 de maio de 2011

De papel

Um dos desfiles mais bonitos que já vi.
Quem viu ao vivo ficou chocado... pudera! :)

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segunda-feira, 2 de maio de 2011

O xaile

Acho que já tinha falado sobre ele. Levei algumas semanas a fazê-lo e valeu bem a pena. Ficou exatamente como eu queria, é quentinho e bonito.
Além disso foi a primeira vez que estiquei uma peça sem ser com o ferro de engomar.
Aqui podem ler como se faz. Eu comprei dois kits de peças ( penso que são uma espécie de esponja, feita a partir de petróleo, até porque cheira horrivelmente mal. Já me disseram que esse material foi proibido na França por ser tóxico, ainda por cima os objetos feitos a partir desse material são para crianças. Eu só comprei para esta ocasião, depois de usar guardei num saco de lixo, fechei e guardei no sótão. :p ).
Coloquei as peças no chão, duas toalhas de banho por cima, molhei o xaile e espremi (muito pouco) para retirar o excesso de água, coloquei por cima e estiquei. Fui colocando os alfinetes conforme vi num video uma senhora no programa da Martha Stewart a fazer.




O padrão do meio é um ponto que tenho num livro, limitei-me a ir acrescentando malhas de modo a formar o triangulo. A barra vi numa revista que comprei, a Debbie Bliss, spring/summer 2011 issue.
Já me pediram para fazer um igual. Mas eu não tenho coragem. Este é só meu! : )

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