terça-feira, 9 de março de 2010

Um destes dias fomos a Évora. Visitámos vários lugares: jardins (vimos pavões), museus, lojas, cafés.
Num dia cinzento de chuva passeámos sob as nossas sombrinhas o tempo todo.
E em todo o dia nunca fomos recebidos em lado nenhum com um sorriso. Todos os funcionários de todos os lugares que visitámos esperaram que nos dirigissemos a eles sem se dignarem a levantar ou a cumprimentar. Pois a minha cidade pode ser o que for, mas aqui não pagamos impostos por dizer "bom dia" ou "boa tarde".
Não é dizer que eles não fazem o seu trabalho, fazem sim senhor, mas não conseguem mesmo ser simpáticos. De todo.
Espero não ferir susceptibilidades com este meu comentário, mas é a minha opinião. Já tinha sentido isso de outras vezes e já tinha comentado com outras pessoas que acharam o mesmo. Onde vivo as pessoas chegam a ser simpáticas até demais, ao ponto de contarem as suas vidas inteiras no primeiro encontro. Demonstram interesse em ouvir o que temos para dizer, se bem que na maioria dos casos isso só serve para tema de conversa com a próxima pessoa com que se encontram...
É caso para dizer aquela frase de que tanto gosto: "Quanto mais conheço as pessoas, mais gosto dos animais."
Acredite quem quiser, um dia vou ser eremita.

Uma das poucas coisas que valeu a pena ver neste passeio foram mesmo os pavões.
A Jé queria muito uma pena, mas mesmo no momento em que estavamos próximos deles a fotografar e a deixar que eles se aproximassem, eis que aparece um casal, tira-lhes duas ou três fotos com flash, que os pavões decerto adoraram (se não vêm a minha cara de ironia eu digo-vos: estou a ser irónica, é claro que todos os animais detestam flash), perseguem-os e apanham todas as penas que eles vão deixando cair! Claro está que todos eles fugiram, subiram os telhados e nem fotos, nem nada.
Hi, que raiva.
Ficámos chateados, molhados, cansados, gastámos dinheiro, perdemos as chaves do carro e voltamos a encontrar, e aquela alegria da recordação de um dia bem passado nunca apareceu. De tal forma que hoje ainda estou meio ranzinza, nem me apeteceu colocar titulo no post.
Chego a casa e vou á procura de uma música que ouvi noutro dia na Antena 3, fico feliz porque encontrei e isto sim, valeu a pena.

A melhor coisa da era em que vivemos é, para mim, a diversidade musical e a sua interligação com diversos estilos e épocas. Adoro ouvir musicas de hoje, mas também de outros tempos que não voltam mais. Gosto da forma como as musicas nos transportam no tempo ou nos transmitem uma emoção completamente diferente da que estamos a sentir.
Dá-nos a possibilidade de salvar o dia.

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